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Mateus 24:36 -42 - Até que ...

  • Foto do escritor: Comunidade Betesda
    Comunidade Betesda
  • 14 de jan.
  • 11 min de leitura

Atualizado: 16 de jan.

"Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe. Nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai, pois assim como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também a vinda do Filho do Homem."


Um novo ano se iniciou, e com ele vem a esperança de algo novo, de algo diferente. O hoje é resultado do ontem. E o amanhã é resultado do hoje. Pensando nisso, nos cabe a reflexão: o que estou fazendo hoje? Como estou vivendo hoje, para que o meu amanhã seja diferente?


Mateus 24:36 fala do viver a vida despretensiosamente, até que. Em diversas situações somos despertados quando algo nos acontece. Seguimos as nossas vidas, seguimos a nossa rotina, dia após dia e domingo após domingo. Alguém sobe nesse púlpito e nos estimula, nos inspira a olhar para as instruções nos dadas através da Bíblia. E nós, em muitos momentos, não só ouvimos, mas também damos ouvido e até seguimos ou buscamos seguir. E assim, continuamos a nossa jornada nessa terra, vivendo e, muitas vezes, apenas sobrevivendo. Acordamos, levantamos, seguimos a nossa rotina e, se houver tempo e disposição — que é até aceitável, pois a rotina é pesada — nós tiramos um tempo para ler a Bíblia e agradecer ao Senhor, porque todos os dias comemos, bebemos e até mesmo nos divertimos.


Mas, será que isso é satisfatório? Isso nos basta? Isso nos dá alegria? Como nos disse Salomão, tudo é ilusão! Tudo nessa terra não passa de ilusão. Comer, beber, casar-se, dar-se em casamento, ter filhos, trabalhar, sustentar-se, sustentar outros, descansar, viajar, um divertimento de fim de semana, ou até mesmo no meio da semana.... Enquanto estamos novos, até temos vigor, afinal, a vida está apenas começando, não é?

Mas, vamos envelhecendo, a ficha vai caindo e o alerta de Salomão ficando mais compreensível: tudo é ilusão e vaidade!


A jornada é rápida. Moisés nos alerta no Salmo 90 sobre a brevidade da vida: "Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos, ou havendo vigor, a oitenta. Neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos".


Nos alegramos nessa terra mas, lá no fundo, existe sempre um vazio. Quando construímos casas acreditamos que encontraremos prazer mas, em algum momento, nos encontramos atolados em dor e frustração. Um imenso e inexplicável vazio. E, então, me questiono: por que estou assim? Por que essa dor, sendo que nada me falta?

A dor advinda do vazio costuma ser mais intensa que a dor física, pois essa, em sua maioria, tem medicação que a alivia. Já a dor emocional, não. A dor da frustração tem escapes, e esses fazem tudo se tornar pior.


Você vive seus dias até que os avalie. Você até acredita que Jesus vai voltar, mas é um acreditar distante, baseado no pensamento: "a Bíblia assim diz, então Ele vai voltar". Isso é fato mas, avaliemos: somos coerentes ou não? Quando acredito em algo, eu vivo e me esforço por aquilo em que acredito. Um exemplo disso: ano passado, em uma das suas ministrações, Alexandre disse que havia descoberto que o médico, Dr. Drauzio Varella, hoje com 81 anos, começou a correr com 50 anos, e ele já correu seis maratonas! De posse dessa informação, Alexandre, que também começou a correr, acreditou que é possível que ele também corra maratonas. Ele vai conseguir porque acredita que, se continuar investindo tempo e disposição nessa meta, correrá, provavelmente, muito mais maratonas que o Dr. Drauzio Varella. Outro exemplo: acredito que se eu estudar, com dedicação, posso passar em um concurso público. Pode até levar um tempo, mas serei aprovada! Também acredito que, se for eu for uma boa funcionária, dedicada, eficiente e proativa, serei promovida e o meu salário melhorará. Acredito que, se eu for uma boa aluna, dedicada e estudiosa, passarei de ano e no vestibular, mesmo que seja muito concorrido. Eu acredito que posso qualquer coisa, desde que me dedique! Mas, se não acredito que Jesus está à porta, não me dedicarei às coisas concernentes ao Reino.


Jesus, quando esteve aqui na terra, pregava e a sua pregação era principalmente prática. Ele orientava a consciência e a conduta dos seus discípulos, e, por isso, Sua conclusão era uma aplicação prática. Mas, no capítulo 24 de Mateus, temos um sermão profético e uma predição de coisas futuras. Nos primeiros versículos, temos Jesus deixando o templo e concluindo o seu trabalho público. No final do capítulo anterior, ele disse: "A vossa casa ficará deserta". E aqui Ele cumpre as suas palavras. Jesus saiu do templo.


A expressão é verdadeira. Ele não apenas saiu do templo, mas partiu. Ele partiu, deu o seu último adeus e nunca mais voltou. Em seguida, predisse a sua destruição. Lembram-se da expressão "acabou"? Foi-se a glória. Era a hora de se lamentar. Foi-se a glória. Retirou-se deles o amparo. Três dias depois, o véu do templo se rasgou. Quando Cristo deixou, tudo ali se tornou comum e impuro. Mas Ele não partiu até que eles o expulsassem. Ele não os rejeitou até que eles o rejeitassem primeiro. Isso não tem muito a ver conosco? Não é Ele quem se afasta de nós. Não é Ele quem nos rejeita.


Nos versos 37 a 42 Jesus fala sobre o fim dessa era, ou seja, os dias que precederam a sua vinda. Muitos crêem que os dias dos quais Jesus fala nesses versículos, estão relacionados aos dias que estamos vivendo hoje. Eu também creio. "Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca e não perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também a vinda do Filho do homem. Então dois estarão no campo, um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão trabalhando no moinho, uma será levada e a outra será deixada. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. Jesus aqui está falando que os dias que precedem a Sua vinda serão como os dias de Noé".


Quais as características dos dias e a geração de Noé? Comiam, bebiam, casavam e davam seus filhos ao casamento. Isso é errado? Não, isso não é pecado. Comer, beber, casar, dar os filhos para o casamento, nada disso é pecado. Vemos aqui que haviam dois tipos de pessoas. As que comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento e Noé e sua família. Dois tipos de pessoas: Noé e sua família e o restante. Enquanto a geração estava comendo, bebendo, casando e se dando em casamento, o que Noé e sua família estavam fazendo? Construindo a arca.


Existem dois tipos de pessoas que farão parte da geração que precede a vinda de Cristo. As pessoas tipo Noé e sua família, e as pessoas que estão vivendo e se embriagando com a normalidade da vida! O mais trágico e que nos serve de alerta, se encontra no verso 39: quando Noé e sua família entraram na arca, as portas foram fechadas. O restante não percebeu isso. Eles não se deram conta, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Todo o resto foi levado pelo dilúvio.


Foi exatamente essa expressão "até que" que o Senhor trouxe ao meu coração. Vivendo a vida despretensiosamente, até que. Eles perceberam que Noé estava construindo a arca? Não. Aqueles filmes que mostram pessoas batendo na arca pedindo para entrar, não são verdadeiros. Jesus disse que eles estavam comendo, bebendo, casando e se dando ao casamento. Eles estavam embriagados com a normalidade da vida, enquanto Noé e sua família se dedicavam ao que o Senhor havia orientado. Eles não perceberam. Por quê? Porque estavam embriagados com a própria vida! Eles não perceberam até que veio o dilúvio.


Quando Noé construiu a arca e Deus atraiu os animais até ela. Noé, sua família e os animais entraram na arca, e a porta foi fechada. Foi Deus quem fechou a porta. A geração embriagada com a normalidade da vida foi levada por completo. e levou a todos. Temos uma questão escatológica no verso 40: "dois estarão no campo, um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres no moinho, uma será levada e a outra será deixada. O dilúvio levou a todos, ou seja, o resto. Quem foi deixado para trás? Noé e sua família, juntamente com os animais na arca. Nos dias que precedem a volta de Cristo, dois estarão no campo, um será levado e o outro deixado. Quem será deixado, os santos ou os ímpios? Os santos! Com isso, entendemos que não seremos arrebatados. Se a Igreja for para o céu e Jesus descer em Jerusalém, onde estará a Igreja? A Igreja estará na terra. A Nova Jerusalém descerá e o Senhor reinará na terra.


Deus não chamou Noé apenas para construir uma arca, mas para reconstruir o mundo. Noé construiu a arca e entrou nela. O dilúvio veio, destruiu tudo. Quando passou o dilúvio, Noé saiu da arca com sua missão de reconstruir o mundo. Os dias em que vivemos são como os de Noé, com dois tipos de pessoas: os construtores e o resto. Aqueles que estão envolvidos com a obra de Deus e os que vivem para si mesmos. Que tipo de pessoa você é? A que está envolvida com a obra de Deus ou com a sua própria vida? Faço essa pergunta a mim mesma: sou Noé ou sou o resto?


A arca representa uma estrutura construída na terra para a salvação do juízo de Deus. A arca é a Igreja. Jesus disse: "Edificarei a minha Igreja" e Ele está convidando homens, mulheres e crianças a serem construtores. A obra de Deus dá trabalho. Sabemos que onde há pessoas, há problemas. Como dizem, onde tem gente, tem "treta", fofoca e maledicência. Talvez você não seja assim. Eu sou. Igreja é a obra de Deus em construção, pois ela não está pronta e não está perfeita ainda. Mas nunca fale mal daquilo que Jesus está construindo, porque Ele é o dono da obra! Ele está no comando! Eu e você temos apenas duas opções: fazer parte da Igreja de Jesus ou do resto. Lembrando que o resto, quando Jesus voltar, será levado. Apocalipse diz que quando Jesus voltar reinaremos e reconstruiremos com Ele as nações e como nos preparamos para isso? Participando da obra de edificação da casa de Deus. Logo, não existe obra fora da Igreja. Entendem? Não existe obra fora da Igreja.


"E por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos." Vai acontecer um esfriamento espiritual nas nações, e as pessoas abandonarão a comunhão com os santos. As pessoas começarão a congregar no YouTube, nas redes sociais, nas conferências, nas escolas de ensinamento bíblico, nas salas de oração mas vão se esfriar, e se apartar da vida da Igreja. E esse é um sinal de pessoas embriagadas com a normalidade da vida. Congregar não é fácil; congregar faz parte de estar no meio da obra.


Quem já reformou a casa e teve que ficar dentro dela enquanto a reforma aconteceu, sabe a dificuldade que é! Muita sujeira, bagunça e desorganização. Então, só existem dois tipos de pessoas: as envolvidas com a obra e o resto. Muitos participam de conferências, dos cultos aos domingos e, ainda assim, pode ser que faça parte desse restante. Sabe por quê? Porque não se submetem à obra Dele nem à família de Deus. Alguém pode dizer: "Ah, mas eu tenho a minha vida". Não! Você não tem a sua vida se você entregou a sua vida a Ele! E se alguém insiste em dizer: "A vida é minha e ninguém tem nada a ver com isso", se trata de um idólatra, pois nunca entregou a vida para Ele.


Quem construiu a arca? Noé e sua família. Quem constrói a casa de Deus? A família de Deus. Então, qualquer pessoa que não entenda a relação pactual de família, não vai fazer parte da obra de Deus. Se somos família, isso quer dizer que a sua vida não é sua, é nossa. Se somos família, o êxito de um abençoa a todos, e o erro de um prejudica a todos. Isso é pacto! Isso é família. Efésios diz que por causa do sangue derramado de Cristo, fomos feitos família de Deus. O que nos une não é a simpatia ou o fato de gostarmos das mesmas coisas e nem as afinidades. O que nos une é o sangue de Jesus. Nada é pode ser comparável ao sangue que foi vertido na cruz pela nossa unidade. Ele é muito mais forte do que esse sangue ralo que corre nas nossas veias. Somos família, uma realidade e uma construção pactual. Logo, eu não tenho vida independente e nem você tem vida independente da minha.


Estamos em obra, irmãos! Então, ou fazemos parte da obra, ou seremos arrancados da terra pelo juízo de Deus. A Bíblia diz que por causa dos nossos pecados, somos merecedores da ira divina, e a ira é o lago de fogo. O lago de fogo é um lugar onde queima a ira de Deus. O mesmo fogo que queima no lago de fogo é o mesmo fogo que queima nos olhos de Jesus. O salário do pecado é a morte. E a Bíblia fala do dano da segunda morte, que é o lago de fogo. Então, se somos salvos, nós somos salvos de Deus. Então, quando Deus entregou Seu Filho, Ele o fez para nos salvar Dele mesmo! Sem o sangue de Cristo não temos a mínima condição de nos apresentarmos a Deus e continuarmos vivos. Nesse lago será lançado o Anticristo, o falso profeta, Satanás e todos aqueles que vivem embriagados com a normalidade da vida. Serão arrancados da terra e lançados no lugar onde haverá choro e ranger de dentes.


2 Pedro 3: 11 a 14 diz: "Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Por causa desse dia, os céus incendiados serão desfeitos e os elementos se derreterão pelo calor. Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça. Por essa razão, amados, esperando estas coisas, esforcem-se para que Deus os encontre sem mácula, sem culpa e em paz". Se tudo o que existe será aniquilado, que tipo de pessoas devemos ser? Pessoas que vivem em santidade e piedade, aguardando o dia do Senhor e não só aguardando, mas também apressando-se. Queremos Ele. Não temos para onde correr! Nossa vida não é nossa. É Dele.


Volto à pergunta feita lá do início: já perceberam que muitas vezes só despertamos para algo, quando determinados eventos acontecem? Se fizermos uma retrospectiva de nossas vidas, veremos que não temos o controle de nada. Absolutamente nada. Temos medo de perder o controle das coisas, mas isso é uma pura Ilusão! Pois não temos o controle de alguma coisa! Mas a questão é que temos medo do que vai nos acontecer se dissermos sim ao total controle de Deus.


Vou trazer aqui um relato pessoal. Os últimos dez anos foram bem tensos. Os últimos cinco, um pouco mais e agora pioraram. Muitas dores, muitas perdas, muitas aflições. Mas foram anos de colo de Deus. Experimentei também a paz e a leveza que só Ele pode proporcionar. Experimentei dormir na proa, mesmo em meio a uma intensa e turbulenta tempestade. E a igreja? Essa comunidade, a casa de Obede-Edom, na qual estou inserida, me sustentou. Sem vocês, eu e minha casa não conseguiríamos passar pela prova dando glória a Deus. Em meu Pai e em Sua família, da qual estou inserida, tenho experimentado que Deus não rejeita a oração, e que a oração é alimento. Basta apenas esperar que Ele vai fazer. Sim, qualquer semelhança com a Cassiane não é mera coincidência. Então, em meu Pai e na minha família, igreja, aprendi simplesmente a louvar. Se estou chorando, eu louvo. Se estou sofrendo, eu louvo. Se estou precisando, eu louvo.


Se você, assim como eu, tem medo de se entregar totalmente a Deus, saiba que Ele nunca nos abandona. Ele nunca nos deixa. E tudo que Ele faz em nossas vidas é com propósito para o bem e não para o mal. Minha oração é: Senhor, não me permita ir a nenhum lugar se o Senhor não for comigo. E eu encerro deixando a pergunta: que tipo de pessoa você é na sua família? Parte da obra ou do resto?


Mensagem ministrada na Comunidade de Cristão Betesda na manhã de domingo em 12 de janeiro por Emilene Santos



 
 
 

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